Gênesis 8.6-11, 15-16, 9.13
Da janela, constatamos: nada há de bom lá fora...
Ansiosos pelo que não vemos, temerosos pelo que sentimos, a janela, para nós, nesse contexto bíblico, é um ponto de equilíbrio entre o inesperado e o fulgurante, entre a coragem e o desalento.
Mais que um lugar, é o lugar.
De fato, o que seria de nossas vidas sem a janela?
Dela avistamos os cumes; fitamos a água se dissipando.
Dela contemplamos a vida; e os temores se desmoronando.
Porta de entrada para os raios do sol.
Ponto de lançamento para as nossas expectativas.
Enviamos um corvo.
Ao longe já vem vindo... pés enlameados.
Ao fundo o som do desconhecido: ego esbranquiçado.
Não tem jeito. A sorte mesmo sempre repousa na pomba.
É dócil. É limpa. Também candente. Não zomba.
Fiel, continua a mesma.
Lançada pela janela, a bela ave carrega consigo nossa confiança. Bate as asas em meio ao vento da fé.
Tudo vai dar certo...
E retorna – bico abençoado.
Em sua ponta uma folha de oliveira: um lindo sinal de esperança – para mim, para você.
Sinal de que há terra. Há superfície. Há chão.
Deus já estalou os dedos.
É: ainda existe um lugar seguro para nós.
Vá até a janela - e veja, sinta, participe, emocione-se.
Deus está falando, silenciosamente.
Céu azul – o trono cintilante de Deus.
Janela rubra – a cor marcante de Jesus.
Pomba branca – tranquilidade ofertada pelo Espírito Santo.
Na enchente de seu coração, na cheia da sua alma, Deus quer dissipar as águas, limpar a superfície, sugar a inconsistência, extrair a lama...
Deus quer refazer sua paisagem.
Um novo começo: seguro, colorido.
E com uma agradável surpresa.
Volte à janela...
E contemple.
Já vê o arco-íris?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário