Certo estava um amigo meu, Drummond sabe? Ele dizia em seu poema intitulado Ausência:
Por muito tempo achei que ausêcia é falta
E lastimava, ignorante, a falta
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba de mim.
Sentir saudade é sentir ausência: a gente sente saudade porque a coisa amada está ausente.
"Saudade é um buraco dolorido na alma.
A presença de uma ausência.
A gente sabe que alguma coisa está faltando.
Um pedaço nos foi arrancado.
Tudo fica ruim.
A saudade fica uma aura que nos rodeia.
Por onde quer que a gente vá, ela vai também.
Tudo nos faz lembrar a pessoa querida.
Tudo que é bonito fica triste, pois bonito sem a pessoa amada é sempre
triste.
Aí, então, a gente aprende o que significa amar:
esse desejo pelo reencontro que trará a alegia de volta." RA
A saudade se parece muito com a fome. A fome também é um vazio. O corpo sabe que alguma coisa está faltando. A fome é a saudade do corpo. A saudade é a fome da alma.
E é assim que estou, com fome do que a alma ama.
2 comentários:
A saudade mata a gente, morena...a saudade é dor purgente , morena....
lindo...
bjos
pulgente, né Sarah!!!ahuahuahua
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